:

  • Governo alerta sobre bloqueio e contingenciamento de R$ 15 bilhões no Orçamento


  • Ocorrerá um bloqueio de R$ 11,2 bilhões e contingenciamento de R$ 3,8 bilhões, de acordo com o ministro Fernando Haddad, da Fazenda

Em entrevista a jornalista, nesta quinta-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avisou que o governo federal vai bloquear R$ 11,2 bilhões e contingenciar R$ 3,8 bilhões do Orçamento deste ano.

O objetivo é assegurar o cumprimento do arcabouço fiscal.

O anúncio ocorreu depois do encontro com o presidente Lula e os ministros Rui Costa (Casa Civil), Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) e Esther Dweck (Gestão). 

Na segunda-feira (22), a pasta compartilha o terceiro Relatório Bimestral de Receitas e Despesas Primárias, wine incluirá a contenção, equivalendo R$ 15 bilhões.

O bloqueio de despesas discricionárias ocorre quando as despesas obrigar aumentam acima do teto planejado pelo arcabouço fiscal, de 2,5% relacionado ao gasto do ano anterior.

O contingenciamento ocorre quando há um descompasso entre as receitas e as despesas esperadas para o ano. 

Para 2024, a gestão federal prevê déficit zer, isto é, uma equivalência entre as variáveis.

Essas medidas permitiriam que o resultado inicial do governo permanecesse dentro da tolerância da meta.

Porém, ainda próximo à banda inferior, que representa déficit na casa de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB).

Conforme Haddad, a alternativa constará no relatório a ser compartilhado na seguinte segunda-feira, entretanto foi adiantada para "evitar especulações".

Nenhum dos dois mecanismo representa um corte definitivo de gastos, mas sim uma contenção até que tenha equilibrio.

Além disso, segundo o ministro, a expectativa de receitas está defasada especialmente pois as compensações à desoneração da folha de setores ainda não foram estabelecidas. 

Se o governo chegar a um  acordo com o Legislativo para essas compensações, parte do contingenciamento poderá ser revertido.

Na situação do bloqueio, a ação destaque do governo para limitar as despesas é a operacionalização de um "pente-fino" em benefícios sociais. 

Nas palavras de Tebet, a reversão desses recursos é “mais difícil”.

A gestão federal anunciou que irá cortar R$ 25,9 bilhões do Orçamento de 2025 para enfrentar o crescimento das despesas e está considerando adiantar uma parcela dessas medidas para equillbrar as contas neste ano.